Fapec atua na gestão de projeto que estimula cadeia produtiva de frutos nativos do Cerrado e Pantanal

Publicado por: Imprensa

O Projeto Agroextrativismo Sustentável, aprovado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), voltado para melhorar a articulação da cadeia produtiva dos frutos nativos de Mato Grosso do Sul faz parte da lista de iniciativas gerenciadas pela Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (Fapec). 

Coordenado pela professora e pesquisadora da Unidade de Tecnologia de Alimentos e Saúde Pública da UFMS, Raquel Campos Pires, o programa tem como objetivo a conservação do meio ambiente e o fortalecimento dos processos territoriais e da agrobiodiversidade, por meio de sistemas sustentáveis de produção e agroextrativismo no Estado.

Por conta do viés do projeto, os membros do programa são todos moradores de comunidades e assentamentos situados ao redor de Campo Grande, como o Quilombo Furnas de Dionísio em Jaraguari e, das cidades de Nioaque, Aquidauana, Sidrolândia, Bodoquena e Três Lagoas.

Os produtos desenvolvidos e comercializados dentro do projeto derivam dos frutos nativos do Cerrado e Pantanal, como a guavira, baru, pequi, bocaiuva, jenipapo, jatobá, laranjinha de pacu, entre outros. A partir destes frutos, são produzidos, por exemplo, farinha de pequi e bocaiuva, óleo de copaíba, geleias, polpas e até medicação fitoterápica.

 “O des威而鋼 ejo é unir, integrar essas pessoas que estão trabalhando com frutos nativos pra gente tentar de uma forma escalonada e com produtos padronizados, fortalecer toda uma cadeia. A intenção é levar para as gôndolas de supermercado, lanchonetes, restaurantes e escolas, mais produtos locais, que tenham realmente essa pegada de sustentabilidade”, explica a professora Raquel.

Até o mês de maio deste ano, a coordenação do projeto pretende realizar mapeamentos com georeferenciamento. Enquanto isto, orientações em relação às boas práticas de colheita, pós-colheita, fabricação de novos produtos, ensino de protocolo das boas práticas de fabricação, análise de qualidade e empreendedorismo são repassadas aos integrantes.

A Fapec segue no projeto como gestora administrativa e financeira, fornecendo orientações para os participantes que compõem a iniciativa agroextrativista sustentável. 

De acordo com a analista do projeto, Suzanna Félix, a Fundação orienta, por exemplo, sobre qual a melhor maneira para compras de insumos, qual legislação deve ser seguida para os pedidos,  além de ensinar como fazer o uso correto da ferramenta online Conveniar, utilizada pelo professor para coordenar o projeto.

“Nós, da Fapec, somos o terceiro e quarto olho dos coordenadores, nós vamos com uma lupa para tentar executar o plano de trabalho da melhor maneira possível.”, afirma Suzanna.

Cerrado e Pantanal - O Cerrado e Pantanal, juntos, constituem 26% do território brasileiro, sendo o Cerrado o segundo maior bioma do Brasil e o mais rico em espécies vegetais, com cerca de 11 mil. Já o Pantanal, é considerado o bioma de menor extensão do País, formado por vegetações de outras regiões brasileiras e da América Latina. 

Ambos os biomas apresentam a coleta de frutos nativos, como uma atividade familiar que é complementar à agricultura e pecuária. O conjunto de atividades desenvolvidas nessas regiões, como o cultivo de árvores frutíferas, pesca, agropecuária, são chamadas de agroextrativismo. 

A prática é realizada por agricultores familiares, moradores de assentamentos e aldeias, que habitam esses ecossistemas, constituindo mais uma atividade desempenhada pelas próprias famílias em busca de melhores condições de vida. Diversas ONGs (Organizações Não Governamentais) consideram o agroextrativismo de frutos nativos dessas regiões como uma estratégia de desenvolvimento alternativo para o bioma. 

Além da busca por melhores condições, esta atividade desempenha a manutenção da trajetória histórica dessas comunidades, que são repletas de representações simbólicas e valores culturais. Isto porque a extração dos produtos vegetais, além de fazer parte da história de vida destas comunidades, é realizada para a comercialização nos mercados, e também para trocas entre as famílias, garantindo uma alimentação mais diversificada.

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